terça-feira, 28 de junho de 2011

Blooger

Blog: Comunicação e escrita íntima na Internet
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“Como definir o diário? (...) em primeiro lugar, um diário se escreve ao sabor de tempo, é muito diferente das auto-biografias, memórias e outros parentes próximos do gênero. O diário é observado dia-a-dia, mais ou menos escrupulosamente, mas é sempre uma espécie de representação ao vivo da vida.
Ter um diário íntimo também é algo difícil. É uma atividade que exige uma certa disciplina, que ordena a vida (...).
Pessoalmente, o que me anima é uma personalidade que eu classificaria como “arquivista” e de colecionadora. Ter um diário íntimo é uma maneira de colecionar os dias...
Colocar-se no papel cotidianamente é também uma nova maneira de se desnudar e de decifrar o próprio interior sem ter que pagar uma terapia (...)
Alguns relêem seus diários e se supreendem com o que escreveram. Outros não compreendem mais nada. (...) Um diário é uma encenação, uma representação de si. Nós somos a personagem principal de nosso diário. Nós temos às vezes a tendência a escrever as coisas não como elas são, mas como deveriam ser. Escreve-se para embelezar ou dramatizar a vida, para lhe dar um sabor novo. O diário é, muitas vezes, um dos últimos refúgios do sonho”. (SCHITTINE, 2004, p. 15)

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